Introdução: Existem listas e listas. Em lista de premiados todo mudo quer ter nome; já em lista de quem ficou em recuperação por exemplo, ninguém quer entrar. A lista da qual falaremos aqui deve ser do interesse de todos, embora não contemple pessoas e, sim, animais. É a lista dos animais em extinção. Nela estão os bichos que, por motivos diversos, correm o risco de desaparecer, como aconteceu com os dinossauros!
Animais extintos:
Animais em extinção:
A LONGA LISTA DOS CONDENADOS
A extinção de animais faz parte da evolução da vida na Terra, mas, desde que o bicho homem resolveu dar sua contribuição a esse processo, o desaparecimento de espécies tem se acelerado de forma preocupante. Na semana passada, foi divulgado o mais completo estudo sobre a situação dos mamíferos no planeta. O quadro que emerge da pesquisa é o mais sombrio desenhado sobre essa classe de animais. Um quarto das 487 espécies de mamífero classifi cadas pela ciência se encontra em risco de desaparecer. Isso significa 1 141 espécies, quinze vezes mais do que o número de mamíferos extintos nos últimos cinco séculos.
O estudo foi realizado pela , uma instituição composta de 11 000 cientistas de 160 países. Alguns dos animais relacionados estão ameaçados de desaparecer por causas naturais. É o caso do diaboda- tasmânia, um marsupial carnívoro que lembra um urso pequeno, que desenvolveu um tipo de câncer fatal que contagia os exemplares da espécie através do contato físico. Segundo os cientistas, porém, a grande maioria dos animais ameaçados é vítima da ação humana. “O perigo de extinção das espécies, hoje, decorre quase exclusivamente do desmatamento, que destrói os habitats, e da caça”, disse a VEJA o biólogo sul-africano Mike Hoffmann, do departamento de biodiversidade da IUCN.
Calcula-se que o desmatamento atinja 40% dos mamíferos do mundo. As florestas são destruídas para dar lugar à expansão urbana e à agricultura, o que explica os altos índices de animais sob risco no sul e no sudeste da Ásia, onde as populações crescem em ritmo acelerado. Nessas regiões,
80% dos primatas podem desaparecer. A população de orangotangos-de-bornéu que habitam florestas da Malásia e da Indonésia resume-se a 14% da existente em meados do século XX.
A outra grande ameaça às espécies, a caça indiscriminada, freqüentemente é praticada por total desconhecimento da importância da preservação desses animais. “Moradores de regiões remotas,
que matam primatas e cervos para comê-los, não fazem idéia de que estão caçando espécies ameaçadas de extinção”, explica a primatóloga inglesa Liza Veiga, que vive em Belém e participou
do estudo da IUCN fornecendo informações sobre animais da Amazônia. “O cuxiú-preto, um macaco já próximo de desaparecer, é caçado para que seu pêlo seja usado na fabricação de espanadores”, ela relata. O Brasil, com 82 espécies sob risco, está entre os países com o maior número de mamíferos ameaçados — perde apenas para a Indonésia, o México e a Índia.
Os mamíferos aquáticos encontram-se em situação ainda mais grave do que os terrestres: 35% das espécies correm perigo. Os especialistas acreditam que a proporção seja ainda maior. Isso porque
estudar esses animais não é tarefa fácil. Os biólogos precisam passar longos períodos navegando. Hoje existem informações insufi cientes sobre um terço dos mamíferos aquáticos. O declínio
populacional de animais como golfinhos e baleias passa despercebido em 70% dos casos.Os principais fatores que levam os mamíferos aquáticos à morte são os acidentes ocasionados
durante a pesca de outras espécies — eles são capturados e feridos nas redes — e a poluição das águas, geralmente causada pelo crescimento das cidades nas regiões costeiras. Outras ameaças
aos mamíferos aquáticos são a destruição dos corais, que abrigam espécies que lhes servem de alimento, e os ruídos provocados por embarcações e sonares, que afetam seu sistema nervoso
e interferem em sua comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário